segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

MENSAGEM DE NATAL

A Você,


Que durante este ano partilhou comigo a vida:
Doando seu tempo e conversas;
Ajudando a segurar minhas dores e perdas;
Cedendo o abraço fraterno e sorriso encorajador;
Dividindo seus bens para diminuir o sofrer do meu amado marido;
Comprando meu livro e me fazendo sua companhia por horas, ou quem sabe para sempre;
Ouvindo e interagindo nas minhas palestras;
Lendo e deixando suas mensagens nos meus sites;
Motivando-me a ir ao seu encontro e ao encontro de outro;
Celebrando a vida nos mais diversos momentos;
Sendo família forte;
Participando da refeição recheada de aprendizado mútuo;
Transformando-se no meu presente de aniversário e, agora, presente de Natal;
Sendo meu (minha) companheiro (a) nos meus sonhos;



Desejo que o seu Natal tenha o brilho intenso de um dia quente de verão, Iluminando tudo e a todos! Não falte o brilho da Lua e a Estrela de Belém lhe mostre o caminho da total felicidade! O pano de fundo seja a própria Natureza com suas cores, brisa e sons. Sustentando tudo esteja o Amor de Deus e o meu Amor por você!
Sendo, assim, você seja a própria estrela a brilhar no caminho de todos os seus.
Feliz Natal! O menino Jesus está chegando para garantir a Festa do Amor, assegurando um Ano Novo abençoado muito além dos nossos sonhos!!
Beijinhos e Alegria Sempre!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

CÈLESTIN FREINET

CÉLESTIN FREINET
Busca de renovação: uma necessidade


' 'NOS HABITUAMOS TODOS DE TAL FORMA A COMANDAR AS CRIANÇAS E A EXIGIR DELAS UMA OBEDIÊNCIA PASSIVA QUE NÃO PENSAMOS NA POSSIBILIDADE DE HAVER UMA OUTRA SOLUÇÃO PARA A EDUCAÇÃO QUE NÃO SEJA A FÓRMULA AUTORITÁRIA
[•••].“ Célestin FREINET


CRONOLOGIA


v 1896-Nasce Freinet em Gars, no sul da França em 15 de outubro. Na adolescência mudou-se par Nice onde iniciou o Curso de Magistério

v 1914/1918-Na 1ª Guerra Mundial interrompe seus estudos e alista-se no exército. Sofrendo ações de gases tóxicos, teve baixa do exército por ter seus pulmões prejudicados pelo resto da vida.


v 1920 -Inicia suas atividades como professor- adjunto sem ainda ter concluído o Curso Normal.

v 1921/192 - Através do contato com os alunos começa as descobertas essencialmente práticas que originaram as atividades voltadas para o interesse das crianças.
§ -Também trabalha com os aldeões e forma uma Cooperativa de Trabalho.
§ -Começam as primeiras correspondências entre escola. Desenvolveu suas técnicas pedagógicas sempre buscando motivar e estimular a produção das crianças.

v 1926/1928 - Conhece Elise, artista plástica, que chega para trabalhar como sua colaboradora.
§ - Casa-se com Elise e edita o livro “A Imprensa na Escola”. Criou a revista “La Gerbe” (O Ramalhete), com poemas infantis.
§ -Fundou a Cooperativa de Ensino Leigo.

v 1933/1939 - Em função da intensa correspondência decorrente das atividades realizadas na escola e na Cooperativa acabaram por gerar desconfiança e hostilidades.

§ -Freinet é exonerado do cargo de professor em Sant Paul de Vence.
§ - Freinet e Elise continuam trabalhando na Cooperativa.
§ - A escola Freinet é oficialmente aberta.
§ - Freinet e Romain Roland lançam a idéia do Movimento Frente Infância.
§ - Começa a II Guerra Mundial.

v 1940 – Freinet é preso no Campo de Concetração de Var.
§ - Fica gravemente doente e na prisão dá aula para os seus companheiros.
§ - Enquanto isso Elise luta pela sua libertação.
§ - Após se solto Freinet se integra ao Movimento da resistência Francesa.

v 1947/1948 - É criado do ICEM. A Cooperativa já reunia 20 mil participantes.

v 1956 – Preocupados com o excesso de crianças em salas de aula lançam uma campanha Nacional por 25 alunos por classe. Freinet possuía um sonho: transformar a educação. Sua pedagogia tinha uma meta, formar.


Um homem que tenha condições de contribuir na transformação da sociedade. Assim sendo, objetiva essa pedagogia, conhecer a natureza e dar consciência ao homem do que ele é e do que ele quer, e procura dar-lhe os instrumentos necessários que o auxilie no desenvolvimento eficiente de suas tarefas sociais. Para tanto, precisa – se conhecer bem o aluno e o seu meio social, condição sem a qual não se pode desenvolver bem a ação educativa, ou seja, não se pode dar ao aluno as orientações necessárias para que ele possa superar, por si mesmo, suas dificuldades e resolver seus problemas.

1966-Freinet morre em Vence, na França.



A ALFABETIZAÇÃO PARA FREINET

A pedagogia de Freinet responde às necessidades de uma prática que atende as múltiplas dimensões do processo de alfabetização na perspectiva interdisciplinar.
A aprendizagem é uma atividade construtiva da criança. O trabalho criativo é o motor da ação educativa na qual a alfabetização tem por objetivo favorecer o conhecimento da comunicação e expressão , ênfase no processo de produção e utilização de textos sempre com finalidade especificada.
Consiste precisamente em permitir a experiência por tentativas
da criança à todos os domínios.
A expressão livre nas suas mais diferentes formas : verbal, gráfica, plástica, corporal, musical e escrita é sempre o ponto de partida para ação educativa. Ela é estimulada / acolhida como elemento propulsor de todas as atividades.
A sala de aula da classe Freinetiana é por si só um convite a comunicação e ao trabalho, ela é dividida em cantos definidos em função dos objetivos e conteúdos fixados para o curso, eles têm números limitados de vagas e funcionam simultaneamente aos conteúdos num determinado período do dia .
-
Cantinhos diversificados


Em cada canto o material necessário para realização de atividades encontra-se disposto de forma que a criança possa utilizá-lo e guardá-lo sem a ajuda do professor.



MOMENTOS COLETIVOS


• Momento da conversa (roda da conversa)
• Momento do planejamento
• Momento do trabalho realizado nos cantinhos
• Momento de atividades coletivas diversas
• Momento de avaliação

TÉCNICAS - FREINET

Todas as técnicas de Freinet respeitam a livre expressão, a livre criatividade e o tateamento experimental. A técnica da Cooperativa Escolar é a desencadeadora das demais. Devemos entender a Pedagogia Freinetiana como a Pedagogia da Totalidade.


• A imprensa escolar
• O texto livre
• O jornal escolar
• A correspondência interescolar
• O livro da vida
• O jornal mural
• O fichário escolar cooperativo
• O estudo do meio / aula passeio
• A biblioteca
• O fichário autocorretivo
• Os planos de trabalho
• Os cantos de atividades
• A cooperativa
• A festa aula


Concepção de leitura/ escrita


Toda aprendizagem deve permitir o conhecimento das próprias regras que lhe formam a base.
Leitura e escrita são dois momentos distintos da mesma operação. Há o mecanismo da leitura e da escrita e a compreensão do sentido. A criança pode chegar a decifrar sem saber, no entanto traduzir as palavras em pensamento. É necessário deixar a criança falar / escrever livremente à sua maneira, o qual se dá na tentativa experimental.
O papel do educador é dar importância aos estímulos, ter paciência e esperar a criança caminhar no próprio ritmo, ser coordenador das atividades, criar condições para que a criança se expresse e seja ouvida . Seu maior compromisso: impulsionar a criança a se expressar, avançar o máximo possível na construção do seu saber e a constituir – se num indivíduo autônomo, colocar-se ao lado da criança para que tome consciência de suas possibilidades e atuar como intérprete passando para o papel seu pensamento e sua “leitura” do que foi escrito.
Quando a criança tem o reconhecimento do pensamento expressa - se pela interpretação dos sinais, adquire aí o verdadeiro sentido da leitura/ escrita.


TRÊS FASES NA CONCEPÇÃO LEITURA / ESCRITA


• Global: quando se familiariza com a figura gráfica
• Reconstituição ativa: quando parte dos sinais para as palavras e expressões que ela própria criou
• Regressão a identificação global: a criança quando lê não balbucia, não procura decifrar a palavra.
A precisão e a riqueza da leitura dependem unicamente da prática e da compreensão global das palavras desconhecidas do texto.
Freinet valoriza a leitura, na qual representa uma etapa intermediária indispensável no processo de transferência entre a criança e o meio.


Aquisição da escrita

O método natural (aproveita todos os elementos da natureza) a livre expressão e a pesquisa experimental são o prolongamento da experiência pessoal; respondem todas as exigências do indivíduo e favorecem as aprendizagens.
A criança ao iniciar as fases da escrita tem necessidade de imitar o adulto. Através dessa imitação ela começa o desenvolvimento do grafismo.
Freinet divide em 5 fases a escrita:
v 1ª fase – Fase do grafismo ou não diferenciado (a criança utiliza - se de garatujas, de grafismos separados ou ligados por linhas curvas e quebradas).
v 2ª fase - Fase do grafismo diferenciado e/ou justaposto. Os grafismos começam a se aproximar das formas das letras e dos numerais. Nesta fase, a criança já começa a diferenciar desenho escrita.
v 3ª fase - Fase da imitação da escrita. Utilização das letras do próprio nome ou nomes conhecidos com repetição e automatização do grafismo conseguido. Pelo método natural, a criança procura interpretar seus desenhos e sua escrita.
v 4ª fase - Fase da utilização dos sinais convencionais ( letras e números) com ou sem valor sonoro. A criança já percebe que há regras e formas fixas a imitar. Começa a interpretar e reproduzir textos e a solicitar referenciais aos adultos.
v 5ª fase - Fase da escrita alfabética. A criança domina e identifica um número razoável de palavras e sabe se comunicar por escrita. É o começo da escrita consciente, da qual a criança não separa mais.




HOJE É DIA DE REDAÇÃO!






Chii!!...
Quantas linhas, fessora?
E pra nota?
Mas... vou escrever o quê?!?
Não tenho ideias!
Droga! Que chatice!
Posso ir ao banheiro, professora?



O jornal escolar


QUANDO OS CIDADÃOS SOUBEREM QUE O JORNAL PODE MENTIR OU, PELO MENOS, QUE ELE PODE APRESENTAR COMO DEFINITIVAS SOLUÇÕES QUE NÃO PASSAM DE ASPECTOS PARCIAIS DOS PROBLEMAS IMPOSTOS PELA VIDA; QUANDO ESTIVEREM APTOS A DISCUTIR COM PRUDÊNCIA, MAS TAMBÉM COM OUSADIA, QUANDO TIVEREM UMA FORMAÇÃO BASEADA NA INVESTIGAÇÃO EXPERIMENTAL E NA CRIATIVIDADE [...], HAVERÃ ENTÃO QUALQUER COISA DE DIFERENTE NAS NOSSAS DEMOCRACIAS." Cétestin FREINET (4).



A DRAMATIZAÇÃO

• “É NECESSÁRIO QUE O TEATRO SEJA A EXPRESSÃO CORPORAL ATIVA E MÍNIMA DA VIDA E DOS PENSAMENTOS DA CRIANÇA. SÓ ASSIM É QUE ELA SE IDENTIFICARÁ COM O PALCO, TAL COMO TEM FEITO COM O TEXTO. AS PALAVRAS, A MÍMICA, TUDO ISSO SE TRANSFORMARÁ NA EXPRESSÃO NATURAL DE UM DESEJO OU DE UM PENSAMENTO. A CRIANÇA DEIXARÁ DE CUMPRIR O SEU PAPEL COMO UM MACAQUINHO BEM AMESTRADO: TORNAR-SE-Ã UM ATOR QUE VIVE O SEU PAPEL, QUE O ANIMA, QUE O ADAPTA À SUA PERSONALIDADE, QUE RI COM VONTADE E QUE CHORA REALMENTE. ÀS VEZES AS SUAS PRÓPRIAS FALTAS DE JEITO TORNAM-NA AINDA MAIS ENCANTADORA, FAZEM COM QUE A REPRESENTAÇÃO SE TORNE MAIS COMUNICATIVA; O PALCO TRANSFORMA-SE NUM MOMENTO DE VIDA, QUE Ë O QUE DEVE SER.
» Célestm FREINET in (44).





O projeto



• A denominação ' 'projeto" é atribuída ao conjunto de „ ações que visam à concretização de um objetivo específico, como, por exemplo, a montagem de uma exposição.
• Os projetos individuais ou coletivos podem ser propostos pelos alunos ou pelo professor. Costumam nascer de uma discussão provocada por um fato ou um tema abordado na classe, de uma intenção do professor, de uma idéia lançada por um aluno ou por um grupo.
• O tempo destinado a sua execução dependerá da complexidade que envolve a sua realização ou da natureza do objetivo fixado.


A reunião de cooperativaEsperança de um mundo novo


A reunião de cooperativa ocorre periodicamente, com datas e horários prefixados, e atende a três preocupações básicas:

1) abordar, analisar, discutir, rever periodicamente diferentes aspectos do relacionamento do grupo no desenvolvimento dos trabalhos da classe;
2) planejar e organizar os trabalhos a serem desenvolvidos num determinado espaço de tempo (uma semana, por exemplo);
3) avaliar os resultados obtidos na execução do plano de
trabalho conjuntamente elaborado.

A reunião permite o estabelecimento real e efetivo do trabalho escolar cooperativo. É por meio dela que afloram:
ü diferentes aspectos do comportamento individual;
ü a percepção do estágio de desenvolvimento dos trabalhos;
ü informações importantes até então ignoradas pelo grupo. Ela funciona como instrumento possibilitador de:
ü análise e tomada de decisões coletivas;
ü organização e previsão dos trabalhos;
ü detecção de falhas na organização geradoras de pro­blemas e conflitos no desenvolvimento das atividades;
ü registro, verificação e avaliação das decisões tomadas


a) Um presidente, a quem cabe:
ü ler em voz alta o conteúdo de cada bilhete para discussão;
ü controlar o uso da palavra;
ü garantir a ordem e a disciplina na reunião.

b) Um vice-presidente, cuja função é:
ü agrupar os bilhetes por semelhança de temas ou assuntos e entregá-los ao presidente para leitura;
ü destruir os bilhetes anónimos porventura existentes.

c) Um secretário, para responsabilizar-se pelo registro escrito das decisões tomadas.

d) Um vice-secretário, para ocupar-se com a colagem dos bilhetes no caderno de reuniões, à medida que eles vão sendo lidos e discutidos.

Na aula reservada para a reunião, os alunos sentam-se em círculo e a equipe responsável assume a coordenação dos trabalhos.

Jogos para a liberação da escrita

Para quê?

ü eliminar as censuras;
ü perder-se o medo de escrever;
ü dar lugar, com pretextos simples, a atividades agradáveis e leves das quais todos os alunos da classe sejam capazes de participar;
ü sensibilizar o aluno para a escrita;
ü ativar os elementos desencadeadores da escrita;
ü propiciar o prazer de descobrir palavras, imagens, sonoridades e ritmos;
ü criar novas associações;
ü estimular a relação estabelecida entre o aluno e a escrita para que ela não seja unicamente passiva;
ü incentivar a produção escrita;
ü ajudar e provocar os alunos, que de outra forma não se soltariam para escrever.

EXEMPLOS


v RELAXAMENTO (RELATÓRIOS)
v TEXTO COLETIVO
v CONVERSA POR ESCRITO
v A MAIOR MENTIRA
v CRIAÇÃO DE UM PAÍS IMAGINÁRIO
v ESCRITA COM MÚSICA
v A SILHUETA
v SE EU FOSSE EU SERIA...